A comunicação até algumas décadas atrás era veiculada pelo rádio, televisão, jornais e outros impressos: revistas, panfletos, etc. A fonte de conhecimento maior era representada através dos livros. Sem saudosismo, nem mesmo querer me reportar ao período do pombo-correio, lembro-me das pessoas aguardarem, às vezes com ansiedade, o “jornal falado”, transmitido pelas emissoras de rádio. A televisão aprimorou a comunicação trazendo imagens, entretenimento e informações.
Entretanto, todo o mundo da informação mudou, ampliou e revolucionou, no final do século passado com a chegada do computador e internet. A “máquina” ajuda na eficiência do desenvolvimento dos trabalhos, em todas as áreas e a internet trouxe a informação em tempo real no mundo globalizado. As possibilidades da internet, com suas mais diversas ferramentas nos dão a sensação de que ela é inesgotável. Sabe-se tudo através dela. Muitas pessoas, grandes profissionais e intelectuais, trocaram as enormes estantes, com centenas de livros, por CDs, DVDs, pen-drives, até porque ocupam menos espaço.
Com a internet vieram as redes sociais, que, muito mais que informação, possibilitam o entretenimento, a apresentação de imagens, ideias e a comunicação entre as pessoas por todo o planeta. Pelos sites de relacionamento fazem-se centenas ou milhares de amigos, namoros e até casamentos. Quantas núpcias já ocorreram cujo conhecimento entre os casais deu-se pela internet? Quantos trabalhadores já conseguiram colocação profissional através desses meios? Difícil mensurar. Eu mesma conheço vários.
É impossível desconhecer a importância das redes sociais para o aprimoramento de nossa cultura, para a nossa diversão – quantos jogos existem! – para quem sabe, através das redes de relacionamento, aumentar o número de amigos e até se livrar de solidão ou depressão: Este meio de comunicação chegou ao que era inimaginável há alguns anos atrás: Foi a grande ferramenta que levou à vitória o Presidente dos Estados Unidos da América, uma das maiores potências mundiais.
Eu, que não tenho grande intimidade e conhecimento com tais ferramentas, fiquei surpresa com o número de amigos em meu facebook, criado há alguns meses atrás: Quase seis mil. Faço questão de alimentar o meu site para que as pessoas acompanhem de perto o meu trabalho legislativo e partidário; respondo pessoalmente todas as mensagens e comentários!
No youtube insiro meus vídeos, que já foram visitados por mais de mil pessoas. Tudo isso é fantástico! Imaginem o poder da internet nas próximas eleições em nosso País, onde as pessoas poderão interagir com os candidatos, avaliar seus trabalhos e até questioná-los através de diversos meios.
Este gigante fenômeno da comunicação precisa ser visto sob duas óticas: A primeira extremamente positiva, quando bem usada para aumentar conhecimentos, relacionamentos, etc. A segunda, quando mal usada, para disseminar injúrias, difamações, calúnias e inverdades. Tudo isto depende de quem usa tal ferramenta. Tanto pode ajudar muito, como prejudicar na mesma intensidade. A ética, o caráter, a boa ou má índole, está em cada um de nós. Como todos, indiscriminadamente, podem usar a internet, e como não existe legislação que iniba através da punição, de forma preventiva, a ação de caluniadores, difamadores e mentirosos, resta às suas vítimas recorrer à Justiça para fazer garantir os direitos à imagem e a verdade, solicitando a retirada de tais matérias ou sites da internet. Outro importante remédio jurídico, além da ação criminal, é a Ação por Danos Morais. Disto, a vítima não deve abrir mão.
Destacam-se, nesta segunda ótica, de forma especial e extremamente preocupante, as organizações criminosas e /ou criminosos, que se utilizam da internet para a prática de crimes muito mais graves do que a ofensa à honra. São os casos dos pedófilos, das gangs, dos traficantes de drogas, traficantes de pessoas para fins sexuais, contrabandistas e quantos mais.
Nas redes sociais pode-se tudo: para o bem ou para o mal. Depende do caráter, da idoneidade e da ética de quem usa.