A Mineração Usiminas, Ferrous Resources, MMX Mineração e a ArcelorMittal entregaram ao Governo de Minas Gerais o primeiro diagnóstico para uma proposta de atuação compartilhada no uso dos recursos hídricos, na infraestrutura de energia que alimenta as suas instalações industriais, na logística de escoamento da produção e nas contrapartidas para preservação ambiental. Encaminhado pelo Sindicato da Indústria Mineral de Minas (Sindiextra) às secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Desenvolvimento Econômico, o estudo na região de Serra Azul pretende dar maior ordenação à atividade numa das áreas mais promissoras em investimentos do setor e reduzir o impacto ambiental. As empresas anunciaram projetos de expansão que devem elevar a capacidade de extração de minério de ferro na região em cerca de cinco vezes nos próximos 10 anos, dos atuais 20 milhões para 100 milhões de t/ano. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Adriano Magalhães, o foco da iniciativa é criar uma visão global das consequências sobre os recursos naturais da região dos projetos de expansão das mineradoras, do ponto de vista de uma avaliação estratégica, inclusive, para as empresas. “Buscamos uma análise mais integrada dos impactos da atividade, considerando que há carência de água tanto para o processo produtivo quanto paras as áreas urbanas, e existem sinergias que podem ser aproveitadas em soluções de logística, acesso às minas e nos licenciamentos ambientais”. Em alguns casos há parcerias, como a da Mineração Usiminas e MMX, que compartilham exploração na reserva de Pau de Vinho, da Usiminas, que arrendou a área à mineradora parceira, adquirindo em troca o direito de escoamento de sua produção pelo porto Sudeste, em construção no Rio de Janeiro.